Translate

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O que temos


O que temos com a realidade
É efêmero
Inevitavelmente finito
A força das palavras se esvaem
Somos na dita palavra
Eternos passageiros
Até o amor nos foi tirado
Nunca mais será para sempre
Trocado pelo eterno enquanto dure
Efêmero
Para que sofrer pela dúvida
Se o mundo jaz no maligno
A certeza é providencial
Decidimos e pronto


Com tudo
Vez em conta
Esses desagregados da boa conduta
Nos dão um choque de transcendência
Surgem como paisagem côncava
Defletem nossa dor Newtoniana
O que resta é amálgama
Produto de cores inefáveis
A des(real)ização das verdades
Princípio criador
Art-Nouveau

Nenhum comentário:

Postar um comentário