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sábado, 22 de novembro de 2014
Stardust
É
Ele se vestiu de pó
De poeira da estrada
Viu nas formas cubistas
Ângulos tão aerodinâmicos
E surtou!
Prismou!
E sua luz presa
Assim irradiou
domingo, 16 de novembro de 2014
Falta #2
O homenzinho de chapéu
Se orienta pela falta
A variância o desorienta
Não tem bússola
Não a entende
Ele avança
Pela reentrância nas faltas ditas
Nos relógios não ditos
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
O que temos
O que temos com a realidade
É efêmero
Inevitavelmente finito
A força das palavras se esvaem
Somos na dita palavra
Eternos passageiros
Até o amor nos foi tirado
Nunca mais será para sempre
Trocado pelo eterno enquanto dure
Efêmero
Para que sofrer pela dúvida
Se o mundo jaz no maligno
A certeza é providencial
Decidimos e pronto
Com tudo
Vez em conta
Esses desagregados da boa conduta
Nos dão um choque de transcendência
Surgem como paisagem côncava
Defletem nossa dor Newtoniana
O que resta é amálgama
Produto de cores inefáveis
A des(real)ização das verdades
Princípio criador
Art-Nouveau
sábado, 8 de novembro de 2014
Dharma
Claro presságio
Nada
Nem pensamento
Nem eu
Nem o Eu Sou
Preso na ausência
Consciência livre
Soma livre
Da vazia existência
Nem OM
Sem destruição
Nem criação
O inimaginável silêncio
Vácuo que só se conhece por palavras
Palavras vãs
Ligadas aos conceitos
Que iluminam
Feito lampião
Noite adentro
Floresta a fora
Nem pensamento
Nem eu
Nem o Eu Sou
Preso na ausência
Consciência livre
Soma livre
Da vazia existência
Nem OM
Sem destruição
Nem criação
O inimaginável silêncio
Vácuo que só se conhece por palavras
Palavras vãs
Ligadas aos conceitos
Que iluminam
Feito lampião
Noite adentro
Floresta a fora
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Resposta
Resposta física é
Minha sobrancelha
Mesmo sem eu pedir
Levanta-se em reverência
Como se tua preferência
Buscasse olhar
Bem mais protegido
Um lugar
Profundo
Onde nem eu mesmo
Confuso
Em meu pensamento
Me atrevo a chegar
Des(ti)lado
A fragilidade escancara
Diante do derradeiro sinal
A intolerância ajoelha-se
Aos pés da dor no vazio
Eu mesmo não temo mais
A encarnação da vaidade em mim
Desfaço as moléstias e vago
Pleno nas magnitudes do nada saber
Violado por todas essas teorias
Teorizado e amolado na anti-glória
Nem mesmo as divinas
As essências perturbadoras
Do ser homem
Sustentam a paisagem sua
Obscura sua
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